Nos caminhos que ando, dizem que os caminhos mais antigos, as práticas mais antigas, são as que dão mais certo, que falam diretamente com objetivo, seja deus, espírito ou o que for.
Há uma necessidade as vezes de algumas pessoas de validar o seu caminho pessola, sua visão e prática para outros, aquilo parece que precisa ser aceito socialmente.
Bruxaria é uma Arte velha e ampla, há diversas maneiras de se praticar bruxaria, particularmente concordo que Bruxaria é officio, é prática, é botar a mão na massa, dentro da prática do paganismo acredito sim que exista a bruxaria, muito do paganismo é centrado em cultos a deuses, mas todas as oferendas rituais são como trabalhos, energia que são enviadas aos deuses, o trabalho de meditação e conversação com os deuses toca tanto quando o trabalho de conversação com espíritos evocados, apenas tem uma roupagem diferente.
Alguns tentam esclarecer da onde a bruxaria veio e isso traça uma linha compreensível entre a prática cotidiana de lidar com os dois mundos através dos tempos, mas chega um momento que é mais fácil traçarmos a origem da vida no universo do que tentar dizer com qual povo, com qual entidade a bruxaria se iniciou. Acredito que cada entidade tenha feito seu papel em diferentes regiões o contato com o outro lado é mundial, e cada entidade recebe um nome, mas todos se comunicaram por diferentes motivos com as pessoas, mas as vezes eu paro e penso: Quem sou eu para falar como um espírito, uma entidade, deve se comunicar com outra pessoa para que ela seja verídica.
Respeitar tradições e práticas é importante, Benzedeiras tem seus métodos de consagrar e praticar sua arte, pagãos tem suas próprias praticas e ninguém morre porque a benzedeira benze em nome dos santos e algumas bruxas abençoam em nome da deusa.
(As pessoas poderiam levar as coisas menos, para o pessoal, faria bem...)
A validade de práticas antigas para mim é que a egrégora dessas tradições foi bem alimentada através dos anos, ela é forte, logo se torna mais fácil entrar em contato se for utilizado os meios tradicionais para aquela prática.
Mas nada desvalida práticas novas que tem a força que o praticante empenhar, provavelmente a egrégora desses caminhos está ainda crescendo e sendo alimentada, como uma criança, mas ainda sim se o praticante for determinado e empenhado, terá resultados tanto quanto.
E assim caminha a Arte, sendo indomada, como o vento ela vai para onde quer e se expressa como desejar, não precisa e nem dá explicações do porque se mostrou aos europeus diferentemente de como se mostrou aos africanos, ela sabe que ela é viva e que nas pessoas que ela toca, será perpetuada através das mesmas, nas diferentes faces que ela quiser.