terça-feira, 16 de abril de 2013

O Diabo encarnado e em projeção.

Ultimamente no Facebook há aquela comoção geral entre quem concorda e quem discorda do Marcos Feliciano, o atual presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, por ele levar valores pessoas e religioso (Marcos Feliciano é pastor da igreja Assembléia de Deus).

Particularmente não me importo como o fato dele ser pastor, o que me incomoda é o fato dele como pessoa levar valores pessoais e religioso a um cargo público e que deveria defender as minorias e direitos humanos.

Tenho o atual presidente da CDHM, como a representação das pessoas sociais e seus temores e preconceitos, o que notavelmente nos faz perceber (em pessoas mais liberais) a nossa própria sombra, a pessoa que julga, a que clama um conhecimento sobre o que é Verdadeiro e como salvar os perdidos.

Esse coitado é só uma projeção do que a sociedade brasileira realmente é em termos gerais: conservadora, com medo do diferente, que se apega a concepções religiosas e restritiva por ensinamento.

Para alguns, Marcos Feliciano poderia ser considerado o Diabo, a figura que encarna aquilo que algumas pessoas renegam e jogam para longe de suas vidas, para outras ele é uma luz, o herói que muitos querem ser, por levar em frente seus ideias e valores pessoais, para essas pessoas suas sombras é aquilo que o atual presidente ataca, o diferente, as minorias e o diferente.

Mas enquanto vemos o herói a se espelhar, este sempre tem os monstros para se confrontar, e o maior monstro, o mais terrível e poderoso demônio está sempre dentro de nós mesmos, mas quem se importa? O importante é aniquilar quem lhe fere, e não procurar entender o motivo da batalha interna.