quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Olhos internos e mitos pessoais

Hoje eu vi um vídeo muito lindo e esses dias uma amiga me enviou uma gravação com o Joseph Campbell, conhecido pesquisador de mitologia.

Histórias, contos e lendas nos contam de lições, coisas que precisamos aprender, cada um a seu momento, quem tem olhos para ver a lição que é passada compreende essa linguagem mundial de ensinar ao próximo, esteja ele onde estiver.

Eis o "The Potter", que os olhos possam ver.

Mas alguns dias antes ...

Em conversa com a minha amiga comentamos sobre a necessidade de mitos pessoais, de percepção do seu próprio mito pessoal, isso não significa se colocar no lugar de alguma personagem histórica ou mitológica, só quem já se travestiu de alguma entidade ou personagem mitológico sabe o coice que leva dos seus ancestrais por tentar vestir o mando da história do outro. O mito pessoal pode ser identificado com analise, percepção de sua própria vida, não acredito que encaixa-la como parte ou  tê-l como igual a algum mito antigo possa trazer grandes benefícios, mas tirar lições de mitos parecidos com a situação que está sendo vivida penso  que deva ser de grande valia, entender o que a personagem principalmente do mito passou, como ela agiu, o que levou ela a agir daquela determinada maneira, pode ajudar a quem está vivendo seu próprio mito a resolver obstáculos e situações complexas.

Nisso entramos no assunto que se cada pessoa tem um mito próprio, a época também tem seu mito ou direcionamento metafórico. Começamos então a tentar pensar como seria o mito da época atual que vivemos e é bastante coisa para ser analisada como a alta tecnologia, em alguns cantos do mundo, a falta dessa mesma tecnologia em outras regiões, a religião de cada povo, no geral é muita coisa mesmo.
No passado cada cultura estava mais focada no seu próprio crescimento, mensagens de outras culturas chegavam por causa de um ataque recebido ou da conquista de novas terras. Hoje vivemos em constante contato com informações de diferentes países, e apesar de no geral sermos mais compreensivos com a cultura alheia (até que ela não invada nosso espaço) ainda penso que somos mais parecidos com os nossos ancestrais do que gostaríamos de admitir,"Mas meus ancestrais foram guerreiros e ajudaram sua nação!", alguns podem dizer, e eu penso: "Assim como nós fazemos hoje, pagando impostos, movendo a economia, e como podemos girando a nossa nação para frente, assim fizeram nossos antepassados à maneira deles, nós apenas paramos de fazer algumas coisas que nossos ancestrais faziam e outras coisas continuamos a fazer ou manter como tradição."

Acredito que o mundo hoje anda meio sem cabeça para pensar em mitos, a maioria das pessoas estão preocupadas com coisas mais materiais e alguns milhões ainda olham para sua religião, sua ancestralidade e para os espíritos ao redor... No final nós somos as personagens principais de nossos mitos, somos as bruxas(os), os heróis, mártires e deuses, e sempre podemos pedir ajuda e conselhos aos espíritos da terra, afinal eles já estavam ai onde você está nesse exato momento bem antes de você imaginar em nascer.
Hoje por conta da rapidez da comunicação podemos ter contato com elementos de diferentes regiões como a romana, grega, hindu etc, mas particularmente acredito que o que trazemos como herança familiar ou espiritual caminha conosco para onde formos, um grego não deixa de ser grego só porque vive no japão agora, mas conhecer os espíritos do local que você vive atualmente te faz ter mais contato com a energia do local que está te recebendo e acolhendo de alguma forma.