Trecho Retirado do livro "Mulheres que correm com os Lobos" de Clarissa Pinkola
¹"(...) Bem ao norte da região das dunas nos Grandes Lagos, onde ainda vivem
pessoas que falam um dialeto bíblico cheio de tus e vós, há uma história intitulada
"Dead Bolt". Na versão que me foi passada pela sra. Arlen Scheffeler, trata-se da
história de uma mulher que recebe junto à sua lareira um viajante chamado Morte. A
velha não sente medo. Ela parece saber que a Morte tanto dá a vida quanto distribui a
morte. Ela sabe que a Morte é a causa de todas as lágrimas e de todo o riso.
Ela diz ao viajante que ele é bem-vindo ao seu lar, que ela o amou durante
"todas as colheitas, todos os pousios dos campos, os nascimentos dos filhos, as
mortes dos filhos". Ela afirma que o conhece e que ele é seu amigo. "Trouxeste-me
muito pranto e muita dança, Morte. Podes dar as instruções. Conheço bem os
passos!"
pessoas que falam um dialeto bíblico cheio de tus e vós, há uma história intitulada
"Dead Bolt". Na versão que me foi passada pela sra. Arlen Scheffeler, trata-se da
história de uma mulher que recebe junto à sua lareira um viajante chamado Morte. A
velha não sente medo. Ela parece saber que a Morte tanto dá a vida quanto distribui a
morte. Ela sabe que a Morte é a causa de todas as lágrimas e de todo o riso.
Ela diz ao viajante que ele é bem-vindo ao seu lar, que ela o amou durante
"todas as colheitas, todos os pousios dos campos, os nascimentos dos filhos, as
mortes dos filhos". Ela afirma que o conhece e que ele é seu amigo. "Trouxeste-me
muito pranto e muita dança, Morte. Podes dar as instruções. Conheço bem os
passos!"
Para fazer amor, se queremos amar, bailamos con La Muerte, dançamos com a
Morte. Haverá enchentes, haverá secas; haverá recém-nascidos, natimortos e ainda o
renascimento de algo novo. Amar é aprender os passos. Fazer amor é dançar a dança.(...)"
¹- Página 121