Inspirada no post "Seducao Diabolica", do Blog Jardim do Averno comecei a pensar em algumas coisas durante a noite...
Será que ser uma bruxa Branca ou Negra esta mais ligada ao que nós achamos ou sabemos de nós mesmos, ou da visão que os outros têm de nós?
Muitas
vezes já fui Negra, quando falava a verdade crua e nua, quando dizia que o que
morreu já se transformou e não retorna na forma que fora conhecida, mas que ainda
existe em essência, quando não fui a amiga branca que ao invés de passar a mão
na cabeça e me compadecer do sofrimento alheio eu fui dura e disse para a
pessoa olhar pra frente ao invés de olhar para baixo.
Já
fui Branca ao abraçar alguém que havia cometido um erro, e a colocar outros na
minha frente para se beneficiarem pela pura alegria de poder ver um sorriso.
Nessas
relações existe sempre a visão do observador (Eu) e do observado (O outro)...
Então
será que realmente existe algum medidor do quanto alguém é bom ou não, ou é algo
subjetivo? Da para ser bom e mau ao mesmo tempo, pelo menos eu sei disso, mas
sei que eu sempre tenho algum ganho pessoal nisso, não, não é egocentrismo, mas
veja, pois tudo o que fazemos tem uma reação e essa reação é o “ganho”,
percebi com o tempo que ao fazer algo que eu queria e que beneficiava mais a
mim do que qualquer outro eu tinha um tipo de ganho pessoal, e que ao fazer algo
que beneficiava o outro esse ganho pessoal se tornava indireto, mas eu ainda
ganhava só que através do outro, a sensação é parecida com a de quando alguém que
você gosta vem te dar uma noticia boa e você fica sinceramente feliz por ela,
parece (em algum canto do inconsciente) que você fez parte da construção e
conclusão da notícia boa dada, mas você sabe que você não participou ativamente, é algo mais indireto ao contrário de quando você por seus próprios métodos
individuais se sente feliz por ter concluído algo que construiu.
Penso que talvez, este tema precise de certo “feeling”,
para conseguir perceber a nuance do ganho direto e do indireto ou que talvez eu tenha muito ainda o que entender sobre o tema... Mas continuarei sentindo e pensado sobre ele...
...Bruxas teoricamente e culturalmente para os de fora da prática são Más, pois personificam o que a maioria das pessoas desconhecem ou rejeitam em si mesmas. O padre teoricamente e culturalmente para os que conhecem seu oficio é alguém Bom, mas na visão dos índios que tiveram que abandonar sua cultura e espiritualidade agressivamente á 511 anos atrás (mais ou menos) o padre é uma figura negra de chifres...